sábado, 6 de setembro de 2008

Eleições Municipais 2008 - São Paulo - Vereadores

É praticamente impossível caminhar pelo centro de São Paulo sem ser abordado por algum cabo eleitoral de candidatos a vereador. Vez ou outra, pego algum folheto. De três postulantes, já li que recebem o apoio do Presidente Lula. Há sempre uma declaração atribuída ao Presidente da República dando a entender que ele, se pudesse, sufragaria o “dono do folheto”. Ainda bem que Lula não vota em São Paulo, caso contrário ficaria com o coração dividido na hora de teclar os cinco dígitos na urna eletrônica! Em todo caso, a sorte do Presidente não deve ser melhor em São Bernardo, onde ele provavelmente aparece como grande apoiador de inúmeros candidatos à vereança.

Mas há uma forma simples de se resolver isso, pelo menos quando todos os candidatos queridos estão no mesmo barco: é o voto na legenda. Assim, agrada-se a todos e não deixa ninguém chateado. E de qualquer forma, em última análise, todo voto vai para o partido num primeiro momento, mesmo quando confiado a um candidato em particular.

O legal da democracia é que cada um faz o que quer com o voto. Mas algo que constituiria um grande avanço para a vida institucional seria o hábito de se sufragar candidatos às Casas Legislativas pela mesma coligação dos eventuais candidatos a governante. Nem sempre o eleitor age assim. Em nível municipal, não raro opta-se por um pleiteante a alcaide do partido X e vota-se num postulante a edil da agremiação Y. O resultado, repisemos, são prefeitos sem maioria, tendo que “negociar” com uma Câmara cheia de gente sem compromissos com o eleito – sem compromissos sequer com uma eventual oposição séria ao prefeito. Daí o fisiologismo, a corrupção, os acertos.

O voto para vereador é muito importante. Entretanto, os heróis que assistem ao horário eleitoral gratuito sempre comentam acerca das “figuras” curiosas, dos artistas, dos “folclóricos”. Está na hora de se dar mais atenção a este aspecto de escrutínio tão importante para a vida das pessoas, até porque, como gostam de dizer alguns políticos, “o cidadão não mora no país, nem no Estado, mas sim no ‘município’”. Em suma, vamos “no popular”, vereador é – ou deveria ser - coisa séria!

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